O
ornitorrinco (
nome científico:
Ornithorhynchus anatinus, do
grego:
ornitho, ave +
rhynchus, bico; e do
latim:
anati, pato +
inus, semelhante a: "com bico de ave, semelhante a pato") é um
mamífero semiaquático natural da
Austrália e
Tasmânia. É o único representante vivo da família
Ornithorhynchidae, e a única
(a) espécie do gênero
Ornithorhynchus (b). Juntamente com as
equidnas, formam o grupo dos
monotremados, os únicos mamíferos
ovíparos existentes. A espécie é monotípica.
O ornitorrinco possui hábito crepuscular e/ou noturno. Carnívoro, alimenta-se de
insetos,
vermes e
crustáceos de
água doce. Possui diversas adaptações para a vida em rios e lagoas, entre elas as membranas interdigitais, mais proeminentes nas patas dianteiras. É um animal ovíparo, cuja fêmea põe cerca de dois
ovos, que incuba por aproximadamente dez dias num
ninho especialmente construído. Os monotremados recém-eclodidos apresentam um
dente similar ao das aves (um carúnculo), utilizado na abertura da casca; os adultos não possuem dentes. A fêmea não possui
mamas, e o
leite é diretamente lambido dos poros e sulcos abdominais. E os machos possuem esporões venenosos nas patas, que são utilizados principalmente para defesa territorial e contra predadores. Possui uma cauda similar a de um
castor.
As características atípicas do ornitorrinco fizeram com que o primeiro espécime empalhado levado para a
Inglaterra fosse classificado pela comunidade científica como um
embuste. Hoje, ele é um ícone nacional da
Austrália, aparecendo como mascote em competições e eventos e em uma das faces da moeda de vinte centavos do
dólar australiano. É uma espécie pouco ameaçada de extinção. Recentes pesquisas estão sequenciando o
genoma do ornitorrinco e pesquisadores já descobriram vários
genes que são compartilhados tanto com répteis como com as aves. Mas cerca de 82% do seus genes são compartilhados com outras espécies de mamíferos já sequenciadas, como o
cachorro, a
ratazana e o
homem.